sexta-feira, 29 de dezembro de 2017
Jerusalém, cidade santa
Que Jerusalém está no epicentro político do mundo é fato. Mas por quê? A cidade antiga, que existe há mais de 3 mil anos, tem menos de 2 km2! Jerusalém é citada na Bíblia Sagrada 736 vezes, desde que o rei Davi, de Israel, a conquistou em guerra. O Alcorão, livro sagrado dos muçulmanos, não a cita nenhuma vez. Apesar disto, desde a criação do Estado de Israel pela ONU, em 1948, os árabes reivindicam a cidade como sua.
Em 1995 os Estados Unidos aprovaram lei determinando a mudança da Embaixada norte-americana de Tel Aviv, cidade moderna, funcional, para Jerusalém. Nenhum presidente anterior quis mexer no vespeiro, pois todos sabem que qualquer ação internacional reconhecendo direitos a Israel desperta histeria coletiva no mundo árabe. Trump prometeu em palanque fazer cumprir a lei e teve coragem.
Agora é aguarda os próximos dias ou semanas. Os EUA podem ser alvo de novo atentado como o de 11 de setembro? É possível, pois o ódio irracional dos extremistas islâmicos contra Israel e quem se atreva a apoiá-lo não tem limites. Os países europeus criticam Trump duramente por temerem retaliações ou até mesmo a terceira guerra.
A maioria acredita ser melhor aliar-se a países que se utilizam de grupos terroristas para fazerem o trabalho sujo do que a um país que não faz terrorismo. O curioso é que nenhum país europeu foi tão duramente atacado quanto os Estados Unidos. O número de mortos na explosão das torres gêmeas e dos aviões supera, em muito, todos os mortos em ataques terroristas na Europa nos últimos 15 anos.
Por que tanta celeuma em torno de uma cidade tão pequena? Jerusalém é querida para os israelitas, por ser a cidade de Davi e onde aguardam o Messias; para os cristãos, por ter sido o lugar onde Jesus Cristo foi crucificado (se bem que fora da cidade), e onde também aguardam o retorno de Jesus. Desde 1190 d.C., a mesquita de Al-Aqsa, construída sobre as ruínas do templo judaico, tornou-se o terceiro lugar sagrado do Islã. O islamismo, último a chegar na cidade santa, quer a primazia a qualquer preço.
A arma mais potente do terrorismo é o medo que ele inspira nas nações. A Europa crê que se deixarmos os terroristas em paz, eles não atacam. Ledo engano. Quem se dá ao trabalho de estudar a história do islamismo e o que os extremistas pregam, descobrirá que o projeto é ambicioso: destruir Israel e islamizar o mundo.
Waldineia Ladislau é jornalista, escritora e estudiosa das religiões
Texto publicado no jornal O Popular, de Goiânia, em 23/12/2017
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