sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Como anda a educação no Brasil

Estou meio frustrada, meio chocada, meio raivosa com um fato narrado por uma amiga minha que, ao iniciar sua carreira no magistério, se deparou com algumas situações absurdas. Juvenis e adolescentes que não têm mais nenhum respeito pelos professores é o de menos, já é questão corriqueira já tem alguns anos. Alunos que não estudam, não fazem tarefas, etc, é super comum. Mas o que me chocou mesmo foi a cara de pau de dois alunos, aliás, dois marginais adolescentes travestidos de alunos. Um, abriu a carteira recheada de notas de 100 e 50 reais e perguntou quanto a minha amiga, a professora, queria para passá-lo na sua disciplina. Ela ficou tão assustada de ver um adolescente com tanto dinheiro, _até porque os filhos de ricaços não estudam em escolas públicas_ que a primeira coisa foi perguntar onde ele havia conseguido aquele dinheiro todo. Ele respondeu que trabalhava numa confecção, mas como ele estuda de manhã e tem menos de 16 anos, a história ficou muito mal contada. Ela recusou, obviamente, e explicou a ele que não faria tal coisa por alguns motivos muito simples: Primeiro porque ela é uma cristã verdadeira, então não aceitaria suborno; segundo porque ela tem caráter e não faria tal coisa tão errada; e terceiro porque é crime. No fundo minha amiga ficou com medo do rapaz querer machucá-la fora da escola, pois isso é muito comum em se tratando de alunos de escolas públicas, mas pelo menos até agora, graças a Deus, não sofreu nenhuma retaliação. O outro pivete, para não dizer gigolô, também ofereceu dinheiro, _mas este pelo menos não tinha uma carteira recheada de money_ era para que ela o beijasse. Lá foi minha amiga de novo explicar que é cristã, tem ética e moral e uma professora envolver-se com um adolescente também é crime. Estes dois casos me deixaram perplexa. Falei com ela que, quanto ao rapaz com dinheiro suspeito, a direção da escola deveria chamar os pais ou responsável dele e perguntar se ele trabalha, quanto ganha de mesada, pois de outra forma, só pode ser dinheiro vindo de assaltos ou tráfico de drogas. Não sei se minha amiga denunciou o jovem, pois caso ela o faça, provavelmente ele saberá que foi ela e se ele for mesmo marginal, que é o que tudo indica, aí ela estaria correndo risco de vida. O resumo da ópera é um só: A sociedade está tão decaída, tão decrépita, tão podre, que muitos adolescentes já estão podres, totalmente estragados antes de chegar a fase adulta. Isto quer dizer que, quando adultos, serão pessoas péssimas, perigosas mesmo, se chegarem lá! (Bandido geralmente morre novo, pelo menos aqui no Brasil!). Desde que a família desmoronou, a educação tem desmoronado junto, pois não dá para falar em educação sem a cooperação da família. Filhos são criados sem rédeas, em muitas famílias que são, na verdade, arremedos de família, brotam crianças que crescem sem noção de certo e errado, limites, amor, compromisso, respeito, responsabilidade, solidariedade. Simplesmente são criadas na frente de uma TV ou, pior ainda, jogadas pelas ruas. Não dá para esperar algo diferente. Crianças o dia todo entregues a babás (quando têm sorte), ou entregues a irmãos maiores pouco responsáveis, pois foram criados do mesmo modo ou, ainda, as crianças acabam jogadas pela rua. O que esperar da falta de acompanhamento da mãe e do pai? Dá no que dá. E tem ainda aqueles que pensam que os bens materiais são tudo que seus filhos precisam. Daí os filhos se tornam mimados, sem respeito a qualquer pessoa que seja, pois não se sentem amados, mas abandonados pelos pais que só sabem ganhar dinheiro e pagar caro pela frustração dos filhos. As pessoas precisam entender que dinheiro não é tudo, que cuidado e responsabilidade são essenciais para se criar filhos e filho não pode ser tratado como coisa. Se as pessoas seguissem princípios bíblicos, os filhos não estariam como estão hoje. Se a família fosse formada de pai e mãe que amam os filhos, cuidam sempre, ensinam a Palavra de Deus pelo seu próprio proceder. A sociedade estaria diferente! Tudo seria diferente. Os professores não sofreriam tanto e não teríamos tantos professores depressivos, ansiosos e desenvolvendo mil e um problemas psicológicos. (Aliás, minha amiga conseguiu trabalhar temporariamente numa escola pública, cobrindo um professor que surtou).

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